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A teia e as aranhas foram os motivos inspiradores da fundação do estilo Sho Kumo Ryu Ninjutsu concebida pelo Soshi Yoshiaki Yamato Sama que num período de sua vida, onde realizava um treinamento nas montanhas, se depara com uma enorme teia de aranha de 4 metros de comprimento que unia duas árvores. Esta teia era fruto do trabalho conjunto de pequenas aranhas e assemelhava-se a um escudo invisível que prendia muitos insetos e pequenos animais que serviam de alimento para as aranhas. Yoshiaki Yamato Sama, ao meditar sobre esta silenciosa mensagem da natureza, concebeu: “Devemos ser como as pequenas aranhas (Kokusa Kumo), que tecem suas grandes teias tanto para se defenderem como para obterem sua alimentação. A teia será nossa defesa, nossa estratégia, nosso meio de vencer as dificuldades. De nossos inimigos (cobras, répteis e insetos) nos alimentaremos. Assim seremos fortalecidos a cada dificuldade atravessada e conquistada.”

Desta forma, a teia representa as estratégias traçadas por um trabalho em conjunto, sendo que muitas vezes, este “trabalho conjunto” possa não estar diretamente correlacionada a uma ação em equipe, mas também implicar em uma ação solitária que conjuga a capacidade de abstração e de fluir entre vários conhecimentos e habilidades que o homem pode dispor para vencer seus obstáculos.

É válido dizer que algumas espécies de aranhas de comportamento gregário podem desenvolver complexos sistemas sociais. O evento de construir as teias num esforço comum a fim de capturar o maior número de presas possível durante a noite, se torna um interessante fato estratégico, contudo é ainda mais interessante quando sabe-se que tais aranhas, ao final da noite, reabsorvem a teia e tornam a construí-las novamente na noite seguinte. Essa reconstrução diária traz à conotação do incansável esforço e espírito de sobrevivência necessários aos praticantes do Sho Kumo Ryu.

Além disso, a figura da teia descrita por Yoshiake Yamato Sama, ao unir duas árvores distantes, relaciona não só a utilização de meios dispostos na natureza, bem como transforma dois objetos independentes e inadequados para capturar presas em elementos do conjunto estratégico das aranhas. Assim, a teia se torna um agente unificador, de apoio e sustentação, por onde é possível fluir e traçar vários caminhos alternativos, realizar operações que continuamente podem ser modeladas segundo a necessidade imposta.

A teia é ainda um produto direto da aranha podendo ser construída em todas as ocasiões e reabsorvida como aproveitamento e economia dos seus esforços. Tal fato pode ser vinculado metaforicamente com o aprendizado do útil e necessário a cada investida estratégica contra um oponente.

Por fim, o praticante Sho Kumo Ryu Ninjutsu, bem como uma aranha, pode transpor o uso da teia como um sensor de onde é capaz de perceber, ainda à distância, sua presa ou seu inimigo, tanto a posição quanto o tamanho; armando dessa forma sua defesa e atentando em relação à sua segurança, pois a prudência e o movimento certo no momento certo definem a vitória ou derrota. Muitas vezes, lançar a teia significa, mais que capturar ou atacar, significa saber envolver o adversário e trabalhá-lo. 

(Sensei Simone Mogami)