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LANÇA

As lanças, de maneira geral, foram utilizadas desde o início dos tempos para caça ou autodefesa e, diferente das lanças adotadas por outras culturas, a Yari (lança japonesa) não era empregada com a intenção de arremesso.

Folcloricamente a origem da Yari pode ser associada à criação do Japão como um todo, pois, segundo a lenda, o deus Izanagi-no-Mikoto recebeu uma Yari do Senhor do Céus, para dar fim nas guerras terrestres. Para cumprir a missão Izanagi iniciou sua descida do céu, mas uma densa cortina de névoa cobriu seu caminho, impossibilitando sua visão. Dessa forma, Izanagi mergulhou sua Yari na névoa para procurar algo, mas não encontrou nada. Em vista disso, Izanagi continuou sua descida, empurrando a névoa até que a ponta da Yari tocou em algo. Sentindo o tremor da lança, Izanagi vistoriou sua ponta e encontrou vestígio de lama. Quando a névoa se dissipou totalmente, Izanagi pôde ver uma ilha cercada por um mar azul e calmo, a terra do sol nascente, o Japão.

Historicamente, acredita-se que a Yari tenha sido derivada das lanças chinesas, e embora uma das referências mais antigas da Yari na História do Japão date de 673 d.c., somente no século XIII veio a se tornar popular. Foi no momento das invasões dos mongóis em 1274 e 1281 que houve uma mudança na forma de combate e no armamento japonês.

Assim, no período turbulento de guerras civis no Japão (Sengoku Jidai, 1490-1600), o combate era predominantemente a cavalo. Os cavaleiros, samurai, constituíam uma classe marcial e eram primariamente armados com arco e flecha e longas espadas (tachi). Apesar de também serem adeptos da Yari, para um combate montado, essas armas se tornavam secundárias, pois quando a Yari era usada por um cavaleiro, dificultava o combate muito próximo, freqüentemente deixando o guerreiro vulnerável a ataques de inimigos com armas curtas. Como resultado, a Yari era abandonada durante um confronto de multidão ou na luta corpo a corpo. Dessa forma, o ashigaru (soldado comum) que possuía um treinamento marcial pobre em relação aos Samurai - pois se tratavam de soldados “improvisados” (usualmente camponeses requisitados por comandos militares para preencher as tropas) - eram treinados como lanceiros para proteger e lutar dando apoio aos samurai.

A despeito disso, os danos causados pela Yari eram particularmente mais graves e letais que os causados por cortes ou choques físicos, pois, em geral, armas de corte não penetravam suficientemente, em especial em armaduras, uma vez que, as armaduras dos samurai possuíam pontos fracos extremamente reduzidos em locais como pescoço e axilas, o que diminuía a chance de produzir ferimentos letais com facilidade. Dessa maneira, a Yari era extremamente eficiente para manter o inimigo a distância, para perfurar armaduras, bem como também para cortar e puxar o inimigo (conforme o formato da lâmina).

Os líderes do Japão, em pouco tempo, viram o mérito dos ashigaru-lanceiros e estes começaram a serem melhores treinados, finalmente desenvolvendo uma classe específica de militares. Por um tempo, Oda Nobunaga e Toyotomi Hideyoshi (1560) treinaram ashigaru para o combate com Yari, sendo extremamente utilizados.

Em pouco tempo a Yari tornou-se popular também entre os samurai que, com seu treinamento refinado, compuseram um conjunto de técnicas (So jutsu ou Yari jutsu) e transformaram a Yari em uma arma extremamente eficiente em combate a pé. A Yari ganhou vários formatos de lâmina e tamanhos de seu bastão, bem como inúmeros e diversas ornamentações, o que tornou a arma um símbolo de coragem e bravura, bem como um material de ostentação.

No Ninjutsu, a Yari era usada não somente como uma arma de combate (ataque e defesa), mas também como um instrumento de transposição de obstáculos, tais como fossos, muros, rios e, além disso, confecção de armadilhas, transporte de objetos e outros fins, ao passo que o Ninja conseguia transportá-la montada e desmonta.