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Yamabushi Dojo(Orlando - FL - USA):
Shidoshi Müller (4º dan) +1 (312)721-6181
shokumoryu@hotmail.com

Kami no Sui Dojo (Brasília - DF):
Shidoshi Mogami
simonemogami@gmail.com

Tengu Dojo (Brasília - DF):

Sensei Santoro (61) 99236-9655
tiagosantoro@gmail.com

Shiro Tora Dojo (Cuiabá - MT):
Senpai Itiho (65) 98115-7014
itihoitiho@gmail.com

 

 
 

Para conservar alguns conjuntos técnicos, uma boa parte das Artes Marciais converte suas técnicas fundamentais em sequencias de movimentos de ataque e defesa chamados de Kata (型 ou 形, “forma”). Essencialmente o Kata guarda o conjunto técnico e permite que os movimentos sejam aprimorados e transmitidos de geração para geração, sendo utilizado também como recurso didático. Hoje em dia, muitos dos Kata em diversas Artes Marciais de desporto se transformaram em quesito de competição e demonstração. 

Dentro de um Kata tais sequencias podem significar um combate imaginário simulado contra um ou vários adversários, e geralmente o Kata é baseado em técnicas selecionadas conforme sua efetividade em combates reais, seguindo o modelo do movimento do mestre.

Um Kata pode ser realizado individualmente ou em grupo, dependendo do tipo de treinamento, fato é que o Kata deve sempre ser executado como se houvesse a presença de um adversário a sua frente, isso inclui não só a mera movimentação, mas também a intenção e a energia que seria utilizado em um combate real.

Para quem acaba de ingressar numa Arte Marcial, o Kata não passa de uma mera sequencia de ataques e defesas, no entanto, com o passar do tempo o praticante descobre que a cada movimento existe uma série de detalhes que devem ser observados e que ajudam a corrigir os erros de postura. Além disso, que o Kata aprimora o estado meditativo, psicológico e respiratório.

A prática do Kata passa por várias etapas, como se fossem camadas que substituem uma a outra de acordo com o amadurecimento do artista marcial.

O monge zen-budista Taisen Deshimaru afirma que existem três níveis de execução de um Kata, ou três estados de espírito (Adaptado de George Guimarães – A Magia da Espada Japonesa.):

1.     Primeiro estado: Shojin – desenvolve-se a força de vontade e a memorização da sequencia de movimentos. Os movimentos realizados pelo mestre são apenas repetidos mecanicamente. Inicialmente devem ser feitos de forma suave e lenta e depois de forma enérgica e com crescente rapidez, até a exaustão do praticante atingindo o estado mental de taquipsiquia.

2.     Segundo estado: Shiho – os movimentos deixam de ser mecânicos e meras repetições para serem feitos em diferentes ritmos: lento e rápido, energeticamente ou suavemente para buscar a sintonia com os movimentos do oponente e consigo mesmo. Nesse estágio se desenvolve a noção de distância (maai), refinando o tamanho das passadas e das bases a fim que uma defesa possa ser feita a distância que produza um efetivo contra ataque. Nesse estágio também se busca a harmonia com o oponente, conectando-se a ele para aproveitar sua energia (deai).

3.     Terceiro estado: contem um esvaziamento da mente e a eliminação do sentimento adversário. Há uma intenção no Kata, mas que não se finda nela mesma a movimentação apresenta o ritmo exato e contínuo, sem alterações bruscas de energia, é um estado harmônico, cujo o objetivo passa a ser abater as ilusões indesejadas, quer seja um adversário ou um sentimento interno, é literalmente a luta contra o invisível. 

(Sensei Simone Mogami)