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Obi são as faixas usadas nas roupas japonesas com várias funções, desde a decorativa até a mais prática como manter o kimono fechado. Tradicionalmente o obi é confeccionado com seda.

Os Obi dos kimono masculinos eram retangulares geralmente possuindo de cinco a seis centímetros de largura por dois metros ou mais de comprimento. Eles possuíam cores escuras, como azul e preto, apresentando poucas decorações com cores contrastantes, como por exemplo, o branco. O Obi era amarrado um pouco abaixo do estômago (região do Hara) e enrolado em volta da cintura, com um nó nas costas, ligeiramente fora do centro. Esse estilo de nó era o mais usado, conhecido como kai no kushi, literalmente “boca do molusco”.

Nos kimono femininos, o Obi era aproximadamente duas vezes maior que o masculino e era bastante colorido com fins estéticos, entretanto isso dependia de fatores como a idade da usuária, estação do ano, da ocasião em que era usado e do tipo e estilo do kimono. O Obi era enrolado a cintura e, como era mais largo que a versão masculina, ele era amarrado de forma que a parte de cima da faixa ficasse logo abaixo dos seios. O nó do Obi ficava centrado nas costas, sendo que existiam diversos tipos de nó, inclusive o kai no kushi, porém o mais comum era o “nó barril” que formava um grande rolo nas costas, apresentando em alguns casos, o makura, um enchimento utilizado para melhorar o formato do nó.

Com exceção das Artes Marciais, o nó do Obi tradicionalmente era feito nas costas do usuário, mas atualmente muitas pessoas o amarram na frente e depois giram a faixa para que o nó fique nas costas. Antigamente, cortesãs e prostitutas amarravam o obi com o nó na frente para facilitar colocar e retirar o mesmo.

O obi é utilizado em várias artes marciais. Eles, em sua maioria, são de algodão, possuindo dois centímetros de largura, com comprimento variado, apresentando uma única cor por faixa, que em muitos casos corresponde a graduação do indivíduo em sua escola. Eles são amarrados em volta da cintura e presos com um nó voltado para frente.

O Obi nas artes marciais tradicionalmente era de cor branca e escurecia com o tempo por não ser lavado, logo os alunos com faixas mais escuras eram indivíduos com maior tempo de treino. Pelo fato do Obi não ser lavado, era fundamental evitar que ele se sujasse imprudentemente, como por exemplo, permitir que ele encostasse ou arrastasse no chão no momento de colocar e retirá-lo da cintura. Contudo, atualmente, muitos praticantes, apesar de evitar a lavagem do Obi, o fazem por motivos de manutenção do uniforme e especialmente para seguir o reigi saho (regras de etiqueta) do seu dojo, o qual preza pelo asseio do praticante.  

Algumas escolas marciais e alguns praticantes pregam a não utilização de faixas-coloridas, alegando que o Obi seria um acessório do uniforme com finalidade de vestimenta, no mais, acreditam que qualquer detalhe que diferencia o uniforme do praticante seria um ato de individualismo, vaidade ou mesmo de constante competição, o que não seria bem-vindo num local de treino no qual o objetivo seria harmonizar os praticantes. Além disso, alguns dizem que o Obi colorido não é tradicional e sim, uma criação ocidental para manter seus alunos interessados na prática da arte marcial, bem como ajudar didaticamente no ensino do mesmo e ainda, estabelecer visualmente uma hierarquia que seria tradicional em determinada arte. Contudo, numa outra linha de pensamento, o Obi simboliza a dedicação que o praticante teve em sua vida marcial. O fato de ser amarrado a quatro dedos abaixo do umbigo, faz com que Obi se situe exatamente sobre o hara (também chamado de saika tanden ou saika no iten), ponto considerado centro energético do corpo, e dessa forma o Obi passa também a simbolizar a energia do artista marcial. Quando se troca de faixa não se deve pensar que este fato é um atestado de habilidades desenvolvidas, mas sim um convite a evolução técnica, ao amadurecimento pessoal e espiritual. Por exemplo, o significado de Sho Dan (aluno que assumiu a faixa preta) é “pequeno passo” e representa o novo começo e não um fim de jornada e nem uma ostentação de poder. Assim, o Obi passa a significar muito mais do que uma peça do vestuário, sendo que as artes que adotam a faixa com o significado de desenvolvimento, consideram vergonhoso perder, esquecer, doar, emprestar, brincar e até mesmo permitir que outra pessoa toque no obi, no mais, ter a faixa recolhida significa uma punição moral grave ao praticante.  

O Sho Kumo Ryu Ninjutsu adota o Obi com significado de desenvolvimento e tanto as cores da faixa (branca, verde, azul, vermelha e preta), quanto à quantidade de ponteiras para cada Kyu (graduação), foram definidas pelo Soshi Yoshiaki Yamato Sama, fundador do estilo.

O Kyu adquirido é colocado de baixo para cima e nas duas pontas da faixa, de maneira simétrica, para representar o crescimento equilibrado do deshi (aluno). Dessa forma, o obi é uma peça importantíssima no uniforme e deve ser respeitado. 

Texto por

Gil Delgado (Senpai - 9º Kyu)