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Yamabushi Dojo(Orlando - FL - USA):
Shidoshi Müller (4º dan) +1 (312)721-6181
shokumoryu@hotmail.com

Kami no Sui Dojo (Brasília - DF):
Shidoshi Mogami
simonemogami@gmail.com

Tengu Dojo (Brasília - DF):

Sensei Santoro (61) 99236-9655
tiagosantoro@gmail.com

Shiro Tora Dojo (Cuiabá - MT):
Senpai Itiho (65) 98115-7014
itihoitiho@gmail.com

 

 
 

PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA NINJA

O ato de planejar e estratejar sempre foi determinante para a vitória em todas as batalhas, bem como antecipar a movimentação e intenção do inimigo. Não diferente disso, os Ninja eram estrategistas eficientes independente se em sua missão era necessário um planejamento simples ou complexo. O fato de observar e coletar informações permitia ao Ninja a elaboração de estratégias que fossem suficientemente necessárias para cumprir suas atribuições. Dessa forma, é um equívoco pensar que o Shinobi fazia investidas impensadas com tropas provocando barulho, distúrbios e mortes desnecessárias.

Dizer que o "Ninjutsu é instrumento de paz" quer dizer que, no contexto histórico da época, o Ninja era o guerreiro que realizaria ações essenciais, com estratégias bem definidas e inteligentes, que evitariam um grande embate ou batalha, conservando então o estado de paz. Isso porque uma guerra traz inúmeros prejuízos e desgata não só economica e politicamente um território, mas principalmente destrói a sua população. Assim, muitas vezes, os Daimyo ("senhores feudais" do Japão) preferiam antecipar e procurar outras saídas, como o uso do Ninjutsu, do que entrar em guerra.

Existem vários registros que retratam a Arte da Estratégia Militar, um dos mais antigos é o conhecido ensinamento do general chinês Sun Tzu no tratado chamado "A Arte da Guerra". Essa obra traz 13 capítulos sobre pontos aos quais todo comandante/líder deve se atentar para levar sua tropa a vitória. Ainda nesse escrito há um capítulo exclusivo para o uso dos espiões antes, durante e depois de uma guerra.

Hoje em dia o livro é visto como um princípio da área de administração e gerenciamento, mas para os antigos Ninja o estudo dessas  e outras estratégias geraram a criação de várias técnicas e formas de planejamento típicos do Ninjutsu. Obviamente o Heiho no Jutsu foi influenciado também por outros sábios, como por exemplo, o Confúcio. É preciso também ressaltar que as estratégias advinham das observações de comportamentos, da rotina de um local, das pessoas que frequentavam o ambiente e da natureza do objetivo do Ninja. 

O Shinobi guiava-se especialmente pelos Densho (pergaminhos de registro de técnicas de um clã), em que se pode encontrar estratégias que foram tão intensamente utilizados pelos Ninja que se tornaram característicos destes, como por exemplo, formas de impressionar ou assustar o adversário, aumentar o número do exército com ilusões de óptica, usar o terreno a favor, camuflagem, o uso dos elementos da natureza e outros.

Os três Densho mais conhecidos sobre o Ninjutsu são:

Bansenshukai: escrito por Yasukoshi Fujibayashi (Ninja de Iga). 

Ninpiden: escrito por Hattori Hanzo.

Shoninkin: escrito por Fujibayashi Masatake, praticante de Kishu Ryu Ninjutsu.

Além desses, há uma obra chamada Ninjutsu no Gokui que foi escrito por Itto Gingetsu através dos depoimentos e ensinamentos de Tanemura Ihachiro, Jonin (Ninja de alto escalão) de Koga. 

Com o passar do tempo, outras obras orientais surgiram e se tornaram famosas como o Go Rin no Sho, ou O Livro dos Cinco Anéis, do famoso estrategista Miyamoto Musashi, que trata da compilação de suas estratégias em função dos Go Dai (grandes elementos da natureza). 

Por fim, o livro Tengu Geijutsu Ron (A arte zen de conduzir a espada) de Shissai Chozan, em que a figura mitológica do espírito do guerreiro Ninja - os Tengu - surgem para ensinar lições a um espadachim, é uma obra de grande importância para o entendimento da filosofia da estratégia do Ninjutsu.

            

As estratégias próprias do Sho Kumo Ryu Ninjutsu estão escritas nos densho e makimono de Yoshiaki Yamato e encontram-se sob a guarda do Soke Toshiro Yamato e do Shidoshi Rodrigo Müller, discípulo do fundador.